terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Mascote da Copa do Mundo de 2014 pode ajudar na preservação do tatu-bola

ONG conta com a popularidade de Fuleco para espécie ganhar a simpatia dos brasileiros.


Nome da mascote, Fuleco, reflete a paixão pelo futebol e a preocupação com o meio ambiente - Divulgação
Nome da mascote, Fuleco, reflete a paixão pelo futebol e a preocupação com o meio ambiente.

SÃO PAULO - Brasileiro não pode ver uma bola que já sai chutando, o que não é nada estranho em se tratando do País do futebol. Mas tem uma bola que não deve ser chutada, mas preservada. Estamos falando do tatu-bola, que ganhou notoriedade este ano ao ser escolhido como mascote da Copa do Mundo de 2014.
Mascote da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, Fuleco, o tatu-bola

Os "Fulecos da vida real", embora sejam animais só encontrados no Brasil, não são tão populares por aqui. Classificados como em "Perigo" na lista dos animais ameaçados, a espécie vive um momento complicado. De acordo com a Associação Caatinga, não há estimativa de quantos animais ainda estão na natureza, mas já se prevê que, se nada for feito, em 50 anos a espécie poderá ser extinta.
A degradação do hábitat é a maior ameaça. "O tatu-bola é um bom indicador para o nível de conservação. Ele é encontrado em áreas que foram pouco perturbadas, porque ele é um dos primeiros a desaparecer quando há desmatamento, movimentação humana", diz Rodrigo Castro, secretário-executivo da Associação Caatinga, grupo responsável pela campanha da espécie para mascote do Mundial.
Rodrigo conta que a intenção de lançar a candidatura surgiu exatamente da necessidade de divulgar mais o tatu-bola e a caatinga, um dos biomas mais degradados do Brasil. O fato do animal se enrolar como uma bola para se proteger foi vista como fator determinante para aliar a imagem dele ao da Copa.
Aproveitado a oportunidade dada pela publicidade de Fuleco - o nome é a junção de futebol e ecologia -, a Associação Caatinga criou um projeto que pretende ampliar as pesquisas sobre a espécie, a proteção do hábitat e promover a valorização junto a população. O projeto "Tatu-bola e a Copa do Mundo Fifa 2014 - Juntos marcando um gol pela sustentabilidade" tem a parceria da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) e da Nature Conservancy e conta com o apoio dos Ministérios do Meio Ambiente e do Esporte. "A gente acredita que esta visibilidade pode salvar o tatu-bola da extinção", diz Rodrigo.
A espécie, um mamífero que tem cerca de 50 centímetros de comprimento, tem hábitos noturnos e se alimenta de cupins, formigas, frutas, cascas e raízes de plantas. O hábitat dele já compreendeu a região entre o sul do Piauí e o norte de Minas Gerais. Uma das espécies de tatu mais sensíveis às alterações do meio em que vive, a Associação Caatinga estima que nos últimos 10 anos, a espécie perdeu cerca de 30% da sua população. 
Noticia postada por: Rodolfo Carezzato
Texto produzido por: Tania Valeria Gomes - O Estado de S. Paulo

Pesquisadores fazem esgoto virar adubo!



Lodo desenvolvido na Universidade Federal Fluminense mostrou-se mais eficaz no desenvolvimento das plantas que os fertilizantes comerciais.


O esgoto doméstico pode se tornar um aliado da agricultura. Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) estão desenvolvendo um adubo, feito com lodo produzido em estações de tratamento de esgoto, que se mostrou mais eficiente que os fertilizantes comerciais.

Vantagens: barato, produto tem impacto ambiental positivo - Divulgação
Divulgação

Fruto de parceria da UFF com a prefeitura de Volta Redonda (RJ) e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) da cidade, os experimentos vêm sendo conduzidos em uma estação de tratamento do município desde 2011.
Segundo a pesquisadora Fabiana Soares dos Santos, que coordena a equipe de cinco professores da UFF e alunos de iniciação científica, o uso agrícola do lodo é uma boa ideia porque "alia o baixo custo com o impacto ambiental extremamente positivo".
O lodo de esgoto doméstico é o resíduo gerado no tratamento do esgoto sanitário e pode causar sérios problemas ambientais se disposto de forma inadequada. Em vez de ser descartado nos aterros, ele vira matéria-prima para a produção do fertilizante, por ser fonte de matéria orgânica e nutrientes para as plantas.
Mas esse lodo pode conter certas substâncias que, em determinadas concentrações, são nocivas ao meio ambiente e à saúde. Por isso, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) publicou em 2006 a Resolução n.º 375, que define quais são os níveis máximos de poluentes que o lodo de esgoto pode ter para ser usado na agricultura.
O fertilizante feito pela equipe da UFF foi criado com base uma mistura desse lodo com resíduos das podas de árvores feitas pela prefeitura. Durante quatro meses, os pesquisadores fizeram a compostagem desses materiais e analisaram se os agentes contaminantes orgânicos, inorgânicos (metais pesados) e biológicos (coliformes, ovos de helmintos, salmonela) estavam adequados aos níveis da resolução.
Concluída essa etapa, iniciaram os experimentos com o cultivo de milho e de aroeira, uma espécie arbórea utilizada em projetos de reflorestamento. Nessa fase, os pesquisadores cultivaram as duas plantas em cinco diferentes tipos de solo: um adubado com o fertilizante desenvolvido por eles, um com o substrato comercial, e os outros três utilizando combinações desses dois adubos em diferentes proporções.
Resultados. A equipe de Fabiana constatou que as plantas se desenvolveram melhor nos tratamentos que continham as proporções mais concentradas do composto de lodo de esgoto. "No caso do milho, a diferença foi bem marcante entre o tratamento com o substrato comercial puro quando comparado com o lodo de esgoto. O lodo teve um efeito significativo no desenvolvimento das plantas."
Agora, eles se debruçam sobre os dados coletados e analisam, em laboratório, os pigmentos e a concentração dos nutrientes nas folhas para comprovar fisiologicamente a diferença que já pode ser constatada só de olhar.
Feito por: HELOISA ARUTH STURM / RIO - O Estado de S.Paulo

Noticia postada por: Rafael Lima



Justiça rejeita denúncia criminal contra Chevron!


Petrolífera foi acusada de crime ambiental e dano ao patrimônio em acidente de 2011, no RJ


RIO DE JANEIRO - O juiz Marcelo Marques de Araújo, da 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, rejeitou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra a petrolífera Chevron, a operadora de sondas Transocean e 17 funcionários dessas duas empresas. Todos são acusados de crime ambiental e dano ao patrimônio público devido ao vazamento de aproximadamente 3.600 barris de petróleo ocorrido em novembro de 2011 no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no norte fluminense.
A sentença de Araújo foi encaminhada terça-feira (19) ao MPF, que tem cinco dias para recorrer. A acusação foi apresentada em março de 2012, e as penas pedidas pelo MPF para os denunciados poderiam chegar a 31 anos e 10 meses de prisão.
Em nota, a Transocean afirmou que a decisão "confirma que a sua tripulação agiu exatamente como foi treinada, atuando de forma responsável, apropriada e rápida, mantendo sempre a segurança como a sua principal prioridade".
Feito por: Fábio Grellet, com colaboração de Sabrina Valle



Por: Jovane Matias