
Estamira é um documentário produzido por Marcos Prado. Este foi lançado no ano de 2005.
Este documentario mostra a vida das pessoas que vivem nos lixões, Estamira é uma dessas pessoas que vivem nestas situações precárias. Ela não acredita em qualquer tipo de religião, fica nervosa muitas vezes com seu filho, quando ele começa a ler a biblia ou fazer algum tipo de oração.
Estamira é uma mulher muito simples, mas que tem um ideal muito forte e não tem medo de falar o que ela pensa. Ela expõem suas opiniões e crenças fortalecendo-as com argumentos fortes.
Sinopse do filme:
Estamira Gomes de Sousa (Estamira), conhecida por protagonizar documentário homônimo, foi uma senhora que apresentava distúrbios mentais, vivia e trabalhava (à época da produção do filme) no aterro sanitário de Jardim Gramacho, local que recebe os resíduos produzidos na cidade do Rio de Janeiro. Tornou-se famosa pelo seu discurso filosófico, uma mistura de extrema lucidez e loucura, que abrangia temas como: a vida, Deus, o trabalho e reflexões existenciais acerca de si mesma e da sociedade dos homens. "Ela acreditava ter a missão de trazer os princípios éticos básicos para as pessoas que viviam fora do lixo onde ela viveu por 22 anos. Para ela, o verdadeiro lixo são os valores falidos em que vive a sociedade", comentou Marcos Prado, diretor do filme. O documentário "Estamira" teve repercussão internacional, angariando muitos prêmios e o reconhecimento da crítica.
Estamira, que sofria de diabetes, morreu aos 70 anos por consequência de uma septicemia, ela foi internada no dia 26 de setembro por causa de uma infecção no braço, após dois dias no aguardo de atendimento no corredor do hospital, o quadro avançou para uma infecção generalizada, o qual ela não resistiu, ela faleceu no Hospital Miguel Couto, no Rio de Janeiro em 28 de setembro de 2011. Marcos Prado, diretor do documentário que retratou parte de sua vida cotidiana, lançou uma nota de pesar e lamentou o descaso que ele e Ernani, filho de Estamira, dizem ter sofrido Estamira, na nota entre outras Marcos Prado relata "Estamira ficou invisível pela falência e deficiência de nossas instituições públicas! Morreu depois de ficar dois dias esperando por atendimento nos corredores da morte do nosso maravilhoso serviço público de saúde do Miguel Couto. Ela estava com uma grave infecção no braço, mas foi tardiamente atendida. Obrigado meus políticos de Brasília, do Rio de Janeiro, que roubam nosso dinheiro e enfiam sei lá onde".
Este documentário foi ganhador de diversos prêmios, como por exemplo:
- Festival do Rio - 2004
Prêmio de Melhor Documentário pelo Júri Oficial.
- Festival Internacional de Cinema de Karlovy Vary - 2005
Prêmio de Melhor Documentário.
- Festival Internacional de Documentário de Marseille - 2005
Grande Prêmio do FIDMarseille
Prêmio de "Groupement National des Cinémas de Recherche (GNCR)"
- I Festival do Cinema Brasileiro de Goiânia - 2005
Prêmio de Melhor Documentário Longa-Metragem.

Feito por: Reinaldo Canhada Junior